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sábado, 27 de agosto de 2011

RAS TAFARI e a PROFECIA ETÍOPE

Ras Tafari é um movimento pan-africano com apresentações e messiânicas, que se originaram no despertar de uma revelação profética feita pôr Marcus Garvey na Jamaica. Desde sua inserção na década de 30, o movimento cresceu de uma pequena localidade, em West Kingston à um movimento internacional de repatriação negra.
Através das primeiras três décadas de seu desenvolvimento, o movimento foi banido da sociedade jamaicana. Periódicas confrontações com autoridades coloniais britânicas marcaram os Rastas em suas intenções revolucionarias, tanto cultural quanto espiritualmente. A metade de década de 60 trouxe um período de transição no entendimento social em relação ao Rasta e a sua forma de se viver
Depois da publicação em 1960 da “Reportagem sobre o Movimento Ras Tafari I em Kingston (capital da Jamaica)” veiculada pela Universidade local, subsequentes eventos e um clima de positivismo tornaram-se publicamente notórios. Essa mudança na percepção publica serviu para legitimar a visão ampla do significado da Vida que os Rastas tanto propunham, como uma responsabilidade cultural ao legado da escravidão e do colonialismo na Jamaica.
Durante esse período de transição na década de 60, um grande numero de descontentes e jovens da classe media juntaram-se aos miseráveis que moravam nas favelas, e dali formaram o esteio do movimento Ras Tafari I.
Esse crescimento acelerado foi acompanhado pela popularização da doutrina Rasta através da comunicação de massa e também artisticamente . os ritimos de musica Ska, rocksteady e o reggae disseminaram nas décadas de 60 e 70 os valores e os sentimentos dos Dreadlocks (um dos termos empregados para identificas um Rastas) , como um apelo alternativo depois das épocas de pos-colonialismo.

OS ISRAELITAS
Como um a cultura/ filosofia, Ras Tafari I é uma forma de Zionismo Negro que segue a leitura da Bíblia (na versão etíope Kebra Negasta- “Gloria dos Reis”, diferente da versão européia King James ) como credo milenar da redenção africana. Identificam-se a si próprios como os Israelitas do Velho Testamento , Provendo uma seqüência de interpretações mítico-poéticas da História da Diaspora Negra. Capturados e vendidos dentro da escravidão pelos europeus , os Rastas vêem os africanos e seus descendentes no oeste como vivendo na moderna Babilônia, a sociedade branca e opressora que significou mais de 400 anos de perseguição e colonialismo.

A emancipação oficiosa para a escravidão nas plantações de açúcar na Jamaica veio em 1834, mas a independência politica jamaicana da Grã-Bretanha foi assegurada somente em 1962, depois de 97 anos como colônia. Cerca de 95% da população da Jamaica é de descendência africana, o que determinou uma consciência dentro do movimento Ras Tafari I em considerarem-se “estrangeiros numa terra estranha”, referindo-se a própria Jamaica.
A TERRA PROMETIDA
No idioma de redenção dos Rastas , a única salvação para o negro do Oeste é se repatriar a seu lar ancestral : Etiópia – África . Enquanto opiniões dentro do movimento divergem como precisamente a repatriação ocorrerá e sua natureza , espiritual ou física , Ras Tafari I reconhece que isso será iminente e sinalizará a total inversão da estrutura de poder vigente no mundo.
Ao contrario de outras formações culturais pan-africanas ; pôr exemplo, Santeira em Cuba, Vudu no Haiti, Candomblé no Brasil e Xangô em Trinidade, Ras Tafari I é um fenômeno do seculo XX sem antecedente cultural no Oeste ou herança da cultura central – africana.
Os rituais Rastas mantêm uma continuidade na identidade africana e nas tradições associadas como pôr exemplo rituais de dança e tambores, praticas de cura e crença no poder mágico das palavras – “word, sound & Power” (“Palavra , Som & Poder).
Imagens da realeza Etíope, eventos e personagens do Velho Testamento, uma forma ritualística de se falar e o uso de longos cabelos, chamados de Dread Locks têm sido adotados e transformados nos símbolos e na tradição dos Rastas . No contexto da Diaspora, essa tradição é melhor entendida como uma resposta a ideologia da raça dominante.
Essa etnia se refere à auto – conscientização da cultura com o intuito de disseminar uma nova mensagem, juntamente com sua simbologia e religiosidade. O Etiopianismo anunciou uma nova fase dos rituais jamaicanos , onde os Rastas identificaram-se como “crianças”, tanto no sentido espiritual como genealógico, como que mantendo o parentesco com os antigos Israelitas , que seguiram Moisés através do Mar Vermelho séculos atrás.
As crônicas bíblicas do “Exílio” e do “Retorno a Terra Prometida” serviram como documento mítico para a prisão dos escravos no Novo Mundo , e de seu anseio pôr redenção fora da escravidão. O uso de velhos materiais para a criação de uma nova estrutura profética fez com que surgisse a imagem da Etiópia- Israel como sendo uma nação negra. Faz parte da tradição Rasta , pôr Exemplo , cantar e agradecer o “Sagrado Monte Sião”(HOLY MOUNT ZION) que é reconhecido pela fé como sendo o lar de Jah Ras Tafari I . Esse processo serviu para cristalizar a soberania e a legitimidade africana numa aparência político- religiosa única.

“OLHEM PRA AFRICA”

Através de referencias bíblicas à Etiópia, por exemplo no salmo 68:31, “Etiópia logo estenderá Suas mãos a Deus”, e nos Atos dos Apóstolos 8:27,”pessoas de descendência africana aprendam a reconhecer seu país perdido e a herança nas referencia a Etiópia e etíopes”. Assim, os Rastas começaram a tratar com carinho todas as referências etíopes na bíblia, pois ali havia a promessa libertadora , e que , quando contrastava com a indignidade da escravidão nas plantações, mostravam o negro numa luz humana e digna.
É na base do clássico Etiopianismo que Associação do Progresso Universal do Negro e o movimento “Volta - a- África” liderada pôr Marcus Garvey é bem conhecida. A filosofia do nacionalismo racial, proposta pôr Garvey, era um conceito étnico, casando o Etiopianismo e a consciência racial derivada do nacionalismo pan-africano. “Através da consciência racial, membros de uma raça se presente e aspirando pelo futuro”.
Um grupo racialmente consciente é mais que uma mera agregação de indivíduos distintos zoologicamente de outros grupos étnicos. É uma luta social unida com direção à realização pessoal e do grupo com o intuito de alcançar uma qualidade de vida que lhe é própria. Portanto , é um grupo conflitante e a consciência racial é por si um resultado do conflito. “A raça de um grupo embora não significante intrinsicamente, se torna um símbolo de identidade que serve para intensificar o senso se solidariedade”.
Para Garvey ser negro significava ser africano, “em casa ou no estrangeiro”, e a identidade racial estipulava direitos nacionais. Sob o título “África para os Africanos” , Garvey relançou a tradição etíope dentro de um programa politico para a libertação dos negros. A visão de Garvey da ‘redenção africana’ foi e permanece radical no sentido que, pela primeira vez na historia, o povo negro era reconhecido universalmente como Africanos no contexto de um movimento de massa com popularidade internacional.
O que é único aos Rastas da Jamaica , na tradição emancipadora africana é sua direta identificação com o Estado Teocrático da Etiópia, sob a regência “eterna” do Imperador Haile Selassie I , intitulado Jah Ras Tafari I. Modelando-se como a reincarnação dos antigos Israelitas, os Rastas usam o passado bíblico da teocracia judaica para formar sua etnia como uma família , uma nação .
A frase profética mais notável atribuída a Marcus Massiah Garvey afirma, “Olhem para a África! Quando um Rei for coroado, o dia da redenção estará nas mãos”. A coroação em 2 de novembro de 1930 do imperador Haile Selassie I da Etiópia, formalmente intitulado Ras Tafari I foi interpretada como a confirmação da profecia.
Ras significa “cabeça , príncipe” em aramaico e Tafari ,”Sem medo”.
Foi traduzido tambem pelos pioneiros do movimento Rasta a significar “Criador”. Haile Selassie I , 225’descendente do Rei Salomão e da Rainha de Sheba, recebeu os títulos sagrados escritos na bíblia que foram reservados para o advento da Segunda vinda: Rei dos reis, Senhor dos senhores e Leão conquistador da Tribo de Judá.

O PODER DA TRINDADE

Na fé dos Rastas, Haile Selassie é reverenciado como Jah Ras Tafari I, o Messias , o Cristo Negro que ascendeu ao Trono do Rei Davi em Adis Ababa, oficializando a promessa de uma nova ordem espiritual. Como defensor do Trono contra o ataque fascista de Mussolini em 1935, como um dos chefes- arquitetos do nacionalismo pan-africano atraves da fundação da OAU em Adis Ababa em 1963 e , mais tarde como monarca – embaixador do Estado independente mais velho da Africa, a Etiópia , o Imperador Selassie conseguiu o respeito de inumeraveis negros e foi reconhecido como o defensor de união e liberdade africana.
Haile Selassie é um nome sagrado , que traduzido significa “Poder da Trindade”. Em todas as antigas religiões encontra-se a mesma analogia à Primeira Lei de Deus , ação – reação – equilíbrio. No cristianismo essa mesma fórmula é reconhecida no Pai- Filho – Espirito santo; no hinduismo, vishnu- krishna- brahma . Porem , o que autenticava a força verdadeira do Ras Tafari era a personificação da Primeira Lei em uma só pessoa, Haile Selassie I.

O COMEÇO em KINGSTON
Antes mesmo da explosão da guerra Ítalo- Etíope em 1935, uma fotografia de Haile Selassie I , em veste de guerreiro em Amhara, circulou pelas favelas de Kingston juntamente com um artigo do Jornal Times no dia 7 de dezembro. De acordo com a reportagem, originalmente atribuída a um agente da propaganda fascista italiana, o Imperador Selassie era o mentor da Ordem Nyahbinghi. Essa ordem era internacionalmente reconhecida como uma sociedade africana secreta dedicada a derrubar a dominação branca e colonial. O nome Nyahbinghi significava “morte aos europeus”.
Na Jamaica , os primeiros aderentes da fé Ras Tafari I tornaram esse artigo quase como a um chamado e procuraram alinhar-se espiritualmente ao Imperador Selassie, participando efetivamente da Ordem Nyahbinghi. A palavra Nyahbinghi foi rapidamente adaptada ao vocabulário Rasta como protesto racial, e tornou-se a significar ‘morte aos opressores negros e brancos’.
Muitas comunidades Rastas começaram a identificaram-se como Nyahs, e na sordidez de West Kingston, uma militância do novo movimento começou a se desenvolver. Em 1960, a Universidade de West Indies patrocinou uma reportagem sobre o movimento Ras Tafari I e sua relação com a sociedade jamaicana em geral. Tal reportagem foi o resultado de um pedido pôr parte da comunidade Rasta que queixava-se da perseguição policial e da desinformação pública. Até então Jamaica, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a maioria era (e ainda é) cristã, enquanto que os Rastas eram vistos sem qualquer status social, até porque a sua maioria vivia em condições paupérrimas.
A CULTURA NYAHBINGHI
Na reportagem, Nyahbinghi foi associado a valores violentos e com elementos revolucionários. Os Nyah eram publicamente identificados por seus longos cabelos, os Dreadlocks, e pelo uso sagrado , mas desafiador e anti-social da maconha (ganja). Os Nyahbinghis dentro do movimento Ras Tafari I atual é um longo termo que em adição a seu significada original tambem cobre outros importantes aspectos da vida cultural, incluindo:
A Ordem Nyahbinghi , uma seção dentro do movimento Ras Tafari I em geral, também reconhece o Governo Teocrático de Haile Selassie I. Os membros da primeira geração Nyah fazem parte da formação do movimento Rasta.
Os rituais de culto e adoração são patrocinados por membros da comunidade . As cerimônias Nyahbinghis são festejadas regularmente em varias datas em toda a ilha da Jamaica. Comemorações anuais incluem o aniversario do Imperador Haile Selassie I (23 de julho), a data da coroação do Imperador (2 de novembro) e o aniversario de visita do Imperador a Jamaica em 1966 (21 de abril). Os Nyahbinghis também realizam Assembléias ou “Congregações” que são consideradas como “serviços divinos”
A musica com os tambores , a dança e as palavras fazem parte da celebração e do culto e tambem são denominadas de Nyahbinghi. Como parte da ressureição dada batida africana, a musica Nyahbinghi ou Heart Beat (batidas do Coração) está ligada às harpas do Rei Davi, usadas para compor os salmos reais do Velho testamento.
As congregações Nyahbinghi usualmente duram de três a sete dias, tempo para a comunidade se reunir e revitalizar a fé Ras Tafari através de atividades como por exemplo tocar tambores, cantar orações , ler trechos da bíblia , fumar maconha e dançar. No centro da celebração Nyahbinghi está o Tabernáculo onde acontece o ritual. Com as cores da bandeira da Etiópia (verde ouro e vermelho), os Nyahs chamam a Israel seu destino providencial – “África, sim! Jamaica, não!” “Jah chama os cantores e tocadores de instrumentos”, “Repatriação agora!”.
O tabernáculo Nyahbinghi é a sala circular do trono do arco- íris (representado pelas cores da bandeira da Etiópia), o poder sagrado do solo de onde emana o terremoto, a luz, o trovão, o fogo e o enxofre do Armagedon. O “chalice”( cálice , cachimbo Rasta) Passa de mão em mão em volta do altar , ativando ritualisticamente os símbolos do calor , ar e agua , as forças primais da criação . Atraves da Palavra, Som & Poder (Word, Sound & Iwah) a fé está unida com a cabeça Criadora (Ras Tafari) num tipo de telepatia mística, que tem o intuito de cantar a queda da babilonia , para livrar a Terra da perversidade e restaurar a ordem natural da Criação e seu estado original de perfeição. Fora do Tabernáculo fica uma grande fogueira onde um Homem de fogo permanece em vigília para manter as chamas da justiça e do julgamento acesas até a hora da repatriação chegar.
“A MUSICA do CORAÇÃO”
De acordo comum relato de um observador do movimento em 1953 havia uma falta acentuada na batida dos tambores nos primeiros encontros de rua dos Rastas. Nesses encontros, hinos de ressuscitação dos cultos afro-cristãos conhecidos como pocomania e Sião foram adaptados para o desenvolvimento da liturgia Jesus Cristo em todos os textos das canções. Hinos Garveyistas e até o Hino Nacional Etíope Nyahbinghi eram cantados. Naquele tempo o antagonismo entre os grupos Rastas e os Revivalistas cresceu, buru foi naquela época a musica Rastafari, inspirando seus tambores . Buru foi naquela época a música mais popular derivada da seculariedade africana em Kingston. Apesar da clara derivação da batida Nyahbinghi, da base, do fundo e do marcador dos três tambores Burus, as duas tradições tem ritmos basais distintos. Todavia, ambos estilos tem antecedentes históricos diretos na tradição musical do oeste e do centro da África. Ambos têm uma organização rítmicas baseada na intercalação das batidas tocadas em vários tambores.
A musica Nyahbinghi é um compaço retirado do passado Africano, mas a distancia é musicalmente evidente ate pelos toques improvisados do lider e marcador. A batida Nyahbinghi , com mensagens da Redenção Negra, tem sido incorporadas dentro do reggae. Essas conções populares de libertação são ouvidas hoje mundialmente , dos sound systems de rua de Kingston ate os shebeens do soweto , na Africa do Sul.

I & I – EU PODEROSO
A “conversa Rasta” a forma ritual de se falar , praticada em diferentes graus no movimento , é especialmente proeminente entre os aderentes da Ordem Nyahbinghi. Considerando o movimento messiânico e também milenar Ras Tafari I encaixe-se na discriminação “anti sociedade” , “uma sociedade estabelecida dentro de outra sociedade” como uma alternativa consciente. É um modo de resistência ao mercado ainda “escravista” da moderna babilonia. A fala Ras Tafari como uma “anti-lingua não é somente paralela a sociedade , é de fato gerada por ela”. A anti-lingua cresce quando á realidade alternativa é uma realidade contrariada, estabelecida em oposição a realidade subjetiva , não meramente expressando isso, mais ativamente criando e mantendo essa outra forma de expressão , que nada mais é que uma ação coletiva.
“I and I” (Eu e Eu) é usado seja onde um pronome aparecer no discurso; substitui ‘você e eu’. O uso obliquo do pronome expressa a igualdade presumida entre os Rastas. “I and I” significa a identidade comum dos oradores como filhos de Haile Selassie I. Os nomes proferidos pelos Rastas exemplificam a associação do homem e Deus. A enunciação de “I”(eu) quando pronunciado “Jah Ras Tafari I” ou “Haile I SelassieI” conecta a intenção pessoal com a vibração divina.
“Quem é você ? não há nenhum você. Há somente Eu, Eu e Eu. Eu é você, Eu é Deus, Deus é Eu. Deus é você mas não há nenhum você, porque você é Eu, então Eu e Eu é Deus. Nós somos todos cada um e um com Deus porque é a mesma energia de Vida que flui em todos nós”.
Alem disso, a linguagem (I – ance, parlance) Ras Tafari I envolve o remodelamento e ocultamento de itens lexicais para encontrar sua necessidade. Uma técnica comum é conotar um símbolo, incrementado o significado da palavra; por exemplo, transformando “opressores” em “depressores”(opressers= downpressers), “políticos” em “politruques” (politics = politricks), “entendimento” em “sobreentendimento” (understand = overstand). O uso de algumas palavras pelos Rastas que viviam nas colinas da Jamaica davam significado à visão que eles tinham dos urbanos; por exemplo “city” (cidade) = “shity”(merda) ou também para designar o modelo social – “system” (sistema) = “shitstem” (sistema de merda), “situation” (situação) = “shituation” (situação de merda). Quando a
falta de cultura, no cunho educacional – “education”(educação)= “head-decay-shun” (cabeça- decadente- afastada) e principalmente a
valorização de personagens europeus históricos, ligados à igreja católica e que faziam comercio de escravos negros – “Christopher Colombus” (Cristovão Colombo)- “Christ-Come – To- Rob – Us”(Cristo veio nos roubar) fez com que milhares de palavras viessem a surgir no vocabulário denominado de Patois.
Este vasto vocabulário tem a intenção de definir o mundo no qual o Rasta vive, tanto o sistema econômico, religioso e politico como também a aspiração espiritual. Todas as palavras que tem pronome “I” referem-se exclusivamente aos valores ou rituais que os Rastas davam importância ; por exemplo, “I-shence” = “icense (incenso),
(maconha) “I-ses” = “praises”(orações) , “I- ration” = “Creation” (criação), “Ithiopia” = “Ethiopia” (Etiópia) . “I-wah” = “power”(poder) “I-tes”= “thoughts” (pensamentos).
A compreensão da redenção africana é similarmente conotada pelo conceito de “Eu” . “For I” ou “Far Eye” (Para Eu ou Olho que Enxerga Longe) usados em Rastafari I são termos para denominar a visão mística. A experiência visionaria é interna, parte pelo processo de conversação, e ultimamente pela noção visionaria que rendenção é igual a repatriação ; a visão da Africa concorda com a expectativa da salvação.

GANJA E DREADS
Justificações ideológicas para o ritual de consumo da ganja (maconha) são comuns entre os Rastas. O uso religioso da erva é feito pelo processo de plantação, colheita e consumo. Os Rastas acreditam no poder da maconha, através da abertura de um canal telepático que aumenta a percepção da realidade. Também se dizem no direito de fumar pelo fato da Bíblia trazer passagens indicando o consuma da erva pôr parte dos profetas no Velho Testamento. “Foi encontrado no sepulcro do Rei Salomão vestígios de maconha, e de uma espécie muito mais poderosa que a encontrada hoje em dia”.
A Jamaica é uma das maiores produtoras de ganja no mundo e também das mais baratas. Ainda é ilegal o consumo da erva; pôr esta razão, muitos Rastas foram mortos e perseguidos pôr toda ilha. As plantas de maior qualidade encontradas na Jamaica são Lambsbread e Sinsemila.
O Dreadlock, distintamente despenteado e com a barba e o cabelo longo é outra apresentação da identidade cultural dos Rastas. Muitos jamaicanos inclusive, freqüentemente consideram a aparência desleixada dos Dreads como uma indicação de falta de padrões de limpeza. Eles incorretamente dizem que os Rastas nunca lavam seus cabelos.
Aqueles com dreadlocks são estigmatizados como loucos pela sociedade jamaicana em geral. Os Rastas também são conhecidos como “Knotty Dread” (Dread barbudo) ou na linguagem que freqüentemente usam- “Natty Dread”. Eles são rejeitados à empregos basicamente pôr suas aparências. Na sociedade jamaicana colonial e pós – colonial , a policia em muitas ocasiões cortava os cabelos dos Rastas (dreadlocks) como um ato de rejeição pública e controle social sobre o movimento.
Os Rastas crêem no poder místico dos Dreadlocks são entendidos de acordo com a interpretação bíblica como o “voto dos Nazarenos”, e também como prova de serem eles os “escolhidos” durante esse tempo de julgamento. Finalmente, eles fundamentalizam o crescimento dos dreads como um estado natural de aparência do Homem , sancionado pôr Deus. “O brilho dos dreads é o brilho da luz negra, um ato feito para chamar as forças do Julgamento para fazer o coração perverso cair fora da Criação, para destruir e paralisar todos os depressores”. Dentre outras argumentações apresentadas pelos Rastas com relação ao dreadlock, a mais conhecida é que a barba e os cabelos compridos representam a juba do leão, símbolo da filosofia Rasta.

O LIVRO DA VIDA
Entre os Rastas é muito comum a interpretação daas passagens bíblicas. A versão bíblica do rei James da Inglaterra é tida como contendo apenas metade do “livro da Vida”. Os próprios Rastas costumam lembrar que “a outra metade nunca foi contada”. Os Rastas usam a versão Macabeus de origem etíope, considerado o livro integral da Revelação. Entre revelações encontra-se o segredo e o significado dos Sete Selos do Rei Salomão.
“E Eu chorei muito pôr nenhum homem ser merecedor de abrir o livro nem soltar os Sete Selos. E um dos anciões disse, “Não chore, contemple o Leão da tribo de Judá. A raiz de Davi foi capaz de abrir o Livro e soltar os Sete Selos, e Eu contemplei, e no meio do trono, no meio dos anciões , um cordeiro foi morto pô sete chifres, de sete olhos, e dos sete espíritos de Jeová eterno, enviado adiante pôr toda a terra , e Ele veio e tomou o livro na mão direita de Sua Majestade Jah Ras Tafari I que está sentado no Trono”. E o sétimo Selo foi libertado. O Sétimo Selo é conhecido como Haile Selassie I , o Primeiro da Etiópia”.

HIS
O significado de Haile Selassie I em relação aos Sete Selos foi revelado a um lider de uma comunidade Rasta em uma Visão. Em fazendo pública sua visão, ele se auto – proclamou em uma posição de liderança profética pôr sua habilidade em interpretar o significado do sinal revelado.

OS “ELDERS” ANCIÕES
Diferente da Igreja Ortodoxa Etíope das Doze tribos de Israel e da Comunidade do Principe Emmanuel (todas essas congregações Rastas), a ordem Nyahbinghi não tem um único local permanente e central para suas celebrações, e nem mesmo se esmeram na figura de um só líder. Na verdade, os próprios Nyahbinghi clamam que cada individuo é um templo em si mesmo, e deste modo desdenham aqueles que enfatizam o uso de construções como essencial para as celebrações comunais.
A Ordem Nyahbinghi não tem uma corporação organizacional formal com membros nomeados ou eleitos, onde as decisões são tomadas pôr seus associados. O Imperador Haile SelassieI é reconhecido como a “cabeça” da Ordem Nyahbinghi. Sua indisputável autoridade espiritual serve como uma barreira efetiva para a formação de um conselho elitista regulador. Os mais velhos, os “elders” fazem parte da liderança operacional dos Nyahbinghi, baseada principalmente no carisma. O reconhecimento daas habilidades sociais e espirituais, juntamente com o tempo de compromisso ao movimento determina um Rasta ser um “elder” (ancião). Aqueles que são competentes em conduzir uma celebração e tem o conhecimento da tradição Rastafari emerge como um líder dentro de sua congregação.
REGGAE
Chegando o final da década de 60 , muitos Rastas se vira, em condições de extrema pobreza, banidos economicamente do sistema capitalista. Em sua maioria , os Rastas procuram se manter financeiramente através da arte, em especial a artesanato. É bem reconhecida a habilidade dos Rastas em esculpir peças de motivo africano; como máscaras, estátuas e símbolos bíblicos.
Mas onde melhor a cultura Rasta se propagou foi na musica, com o Reggae . A origem do Reggae é o Ska, um ritmo acelerado com instrumentos de metal, oriundos da musica negra americana dos anos 50 e 60. Da metade para o final da década de 60, o Ska se tornou mais lento, dando origem ao Rocksteady. Os metais deixaram de ser os instrumentos que marcavam a musica, e em seus lugares foi inserido a percussão africana com a batida da guitarra num estilo Rock. Esse ritmo a partir do inicio da década de 70 passou a ser mais lento ainda e com outro nome , agora o Reggae. A maioria dos cantores e bandas famosas da Jamaica passaram por esses três estilos de ritmo, enter elas os “Wailers”, grupo formado em seu início por Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer (considerados profetas musicais pelos Rastas).
A industria fonografica jamaicana teve um avanço incrível nas décadas de 60 e 70, apenas pelo fato de varias bandas e cantores, todos Rastas, aparecerem no cenário musical . O Reggae é tido pelos próprios Rastas como sendo a musica de Jah (Deus), primeiro por Ter a mesma batida do coração e depois pelas mensagens, com letras principalmente de caráter religioso e de protesto racial e político.
“Rivers of babylon”
The Melodians
Adaptado do salmo 137:1
By the rivers of Babylon,
Where we sat down,
And there we wept
When we remembered Zion
Pelos rios da Babilônia,
Onde nos sentamos,
E lá choramos
Quando lembramos de Sião
Oh,the wicked
Carried us away in captivity,
Required from us a song,
How can we sing
King Alpha’s song
Inna strange land?
Ô, o poderoso
Nos levou aprisionados,
Nos exigiu uma canção
Como podemos cantar
A canção do Rei Alfa
Numa terra estranha?
So, let the words
Of our mouth and the meditation
Of our heart
Be acceptable in Thy sight
Então deixe que as palavras
De nossa boca
E a meditação
De nosso coração
Seja aceitável em Vossa visão
Oh, Fari I!

Ô, Meu Deus!
http://www.delfareggae.com.br/ras.htm

The Viceroys - Slogan On The Wall (1979)


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Tradition - Moving On - 1977



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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Festival europeu de reggae tem família de Marley como atração


O maior festival de reggae da Europa, o Rototom Sunsplash, começou nesta quinta-feira no resort espanhol de Benicassim, onde mais de 200 mil fãs devem se reunir em 10 dias de música com inspiração jamaicana, cuja atração principal é a apresentação de membros da família de Bob Marley.
O 18º Sunsplash presta homenagem este ano ao lendário músico de reggae, no 30º aniversário de sua morte, com shows de sua mulher Rita, que era cantora do grupo Bob Marley & The Wailers, e os filhos mais famosos do cantor, incluindo Ziggy e Stephen.
Stephen Marley vai abrir o festival no palco principal, onde os pioneiros do Ska Toots and the Maytals e o dançarino jamaicano Mr Vegas também devem se apresentar na primeira noite.
Mais de 300 bandas e DJs tocando gêneros de reggae, das raízes até o rocksteady, vão se apresentar em seis palcos durante um festival que mistura música reggae com fóruns sociais, além de arte e cultura da África e do Caribe.
A iraniana Shirin Ebadi, Nobel da Paz, vai participar do fórum social de Rototom, que também terá o ativista ambiental Vandana Shiva e o intelectual Bernard Cassen.
"Temos participantes de mais de 100 países, o que nos torna um festival realmente mundial, com uma filosofia global de tolerância por trás dele", disse o diretor do festival, Filippo Giunta, à Reuters.
"Este ano podemos fazê-lo sabendo que a comunidade local o aprova e sabendo que o público vai comparecer. Tivemos 160 mil pessoas no ano passado, e estamos esperando mais de 200 mil este ano", disse Giunta.
Os organizadores do Rototom Sunplash, que era realizado no norte da Itália até o ano passado, decidiram mudá-lo para a Espanha depois do que Giunta disse ter sido um confronto entre os ideais do festival e as ideias de alguns políticos italianos.
"Eles nos acusaram de promover o uso da maconha só por causa da relação do reggae com a religião rastafári, que a considera uma planta sagrada", disse Giunta.

site:musica.uol.com.br/.../festival-europeu-de-reggae-tem-famil..

sábado, 13 de agosto de 2011

Winston Rilley - Meditation Dub 197x



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Wayne Wade - Dance Time 1978


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Lloyd Ricketts, keith Porter e Ronnie Davis: The Itals original



Morre Lloyd Ricketts, vocalista do The Itals

Na última quinta-feira, dia 21/07, faleceu o cantor jamaicano Lloyd Ricketts, aos 63 anos de idade.


Após muitos anos longe dos palcos, Ricketts havia recém retornado a tocar com os antigos parceiros do grupo The Itals.

Mais uma notícia triste para os fãs de reggae. Faleceu na última quinta-feira (21/07) o cantor Lloyd Ricketts, um dos membros fundadores do trio vocal The Itals.

Ricketts tinha 63 anos de idade, e faleceu na Jamaica. As causas de sua morte ainda não foram divulgadas.

Ao lado dos vocalistas Keith Porter e Ronnie Davis, Lloyd Ricketts formou em meados dos anos 70 o grupo The Itals.

O grupo lançou muitos álbuns e singles de sucesso, como "Ina Dis Ya Time" e "Brutal Out Deh", entre outros.

Na metade final dos anos 80, Ricketts acabou sendo preso e, impossibilitado de viajar, foi substituído por David Isaacs.

David Isaacs acabou falecendo em dezembro de 2009, e novamente o trio vocal The Itals precisava ser remontado.


Lloyd Ricketts, Keith Porter e Ronnie Davis: The Itals original

Após mais de 20 anos sem conseguir obter um visto para tocar nos EUA, no início deste mês Lloyd Ricketts finalmente conseguiu se juntar aos antigos parceiros Keith Porter e Ronnie Davis.

Com a formação original dos Itals de volta, o grupo realizou duas apresentações em recentes festivais na América do Norte. Os três integrantes do grupo estavam bastante animados com a reunião dos membros originais do Itals, e já preparavam uma série de novos shows.

Mas quis o destino que Ricketts novamente ficasse de fora do The Itals.

Vídeos







Clinton Fearon - Mystic Whisper(1997)



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David Isaacs - to sir with love




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Youth Lions (2010)




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Annette Brissette - Love Power (198x)


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Aston Barret - Trenchtown Rocking


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Alpha Blondy - Jerusalem (1986)


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Bingy Bunny - Me And Jane (1982)


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Lion Youth - Love Come & Goes (1981)


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Ponto de Equilíbrio - dias após dia lutando (2010)


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Daniel Profeta - Foi Jah Quem Mandou (2011)


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Twinkle Brothers - Crucial Cuts - Virgin(LP)1983


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Jackie Robinson - Power of Love


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Making of... Back in the Black Ark - The Congos & Lee Scratch Perry [2009]

The Congos - Chain Gang [official video 2009]

The Congos - Open Up The Gate/Children Crying Live Inna São Paulo

Jacob Miller - Mixed up Moods (1979)


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The Travellers - Black Black Minds (1977)


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Brother Ayouba - Burning - 2000


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Andrew Tosh
Aleluia Roots Reggae - Itacaré

Pablo Moses

Pablo Moses
Aleluia Roots Reggae - Itacaré

Angel Systah e Adele Sistah

Angel Systah e Adele Sistah
Aleluia Roots Reggae - Itacaré

Filhos de Negus (1976) com Ras Michael para a esquerda, o falecido Geoffrey Chung com um chapéu grande, eu Kiddus peito nu, e Robbie Shakespeare em uma camisa laranja. (Foto: Pete Simon) Fonte: http://www.reggae-vibes.com/

Sly Dunbar, Peter Tosh e Robbie Shekspeare

Sly Dunbar, Peter Tosh e Robbie Shekspeare

Sly and Robbie

Sly and Robbie
Sly and Robbie é um prolífico jamaicano seção rítmica e duo de produção, associadas principalmente com o reggae gênero. O baterista Sly Dunbar eo baixista Robert Shakespeare ingressou em meados dos anos 1970 depois de estabelecer-se separadamente na Jamaica como músicos profissionais. Sly and Robbie são estimados para ter jogado em ou produzidos 200.000 gravações, muitas delas em sua própria etiqueta, registros de táxi.

Robbie Shakespeare

Robbie Shakespeare
Robbie Shakespeare (direita) jogando com Peter Tosh na Doutor Bush, turnê de 1978